>> 12/01/2009

Lúcifer*

Somos todos anjos,
Mas não sabemos voar.
Pois somos anjos caídos,
Que se arriscam
Em vôos curtos,
Ainda aprendendo amar.

Por que aqui sempre chove.
E sobram só as asas murchas.
E a pureza, posto que é açúcar,
Desfeita em lagrimas de sal.

Por que sempre chove.
Molhando todo o pouco que sobrou.
E os amores, os sonhos e desejos puros,
Formam sempre a mesma massa.
Como um nó na garganta.
Puro papel machê.

Por que sempre sobra um pouco.
O suficiente pra nos manter no passado.
Fica sempre um elo.
“Endurecer sem perder a ternura”
“Amadurecer sem perder a meninice”
É preciso ser moderno sem perder o classicismo.

Luzes no céu:
-São mais do que fênix voadoras
Ou flechas de anjos apocalípticos.
São anjos de papel;
Ideologias
Que se desfazem em cinzas.

Nesta manha nublada,
Vejo anjos caindo do céu.
Como estrelas solitárias.
Ideologia feita às presas
Tropeçando nas próprias pernas.

Estamos sempre caindo.
Mas sempre presos,
Suspensos no ar.
É tudo tão obstrato.
Mas concreto o suficiente
Pra deixar dor e saudade.

E o sol,
Nem sempre quer nos iluminar.
Quem diria,
Um dia,
Até ele ira se apagar.

Nesta noite fria,
Que tanto chove quanto faz calor,
É preciso ter fé.
Mesmo que tudo se molhe;
Mesmo que murche
A ultima flor.

Anjos caídos;
Asas murchas;
Pureza em dor.
E a noite fria e solitária
A nos cobrar dureza.

*Do latim lux + fero = que traz luz, que dá claridade, luminoso. “Estrela da manhã; “estrela da alva“.
Sobre: Aqui e aqui
Obs: Por motivos técnicos, até então desconhecidos, estou repostando o poema.

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>> 04/01/2009

Ambigüidade de sentimentos.

Coisas que aprendo
E não sei o que são;
Pássaros que vêem
Cantar em meus ouvidos,
Mas nem sei seus nomes.
Nem sei se quer o que cantam,
Apenas os ouço cantar.

A dádiva de sentir
Esta em respirar o incógnito.
Dádiva cruel.
Pois ficamos cegos
A adorar deuses sem nome.

Como o verde das plantas.
Que são verdes,
Antes de serem plantas.

O respirar sentimentos
As vezes é também
Na escuridão utópica se perder.
Onde tudo pode existir,
Mais nada se pode ver.

O perigo é decifrar
Pintando deuses.
O incógnito e gozar
Sonhos,
De breves suspiros.

Como o mistério dos rituais.
Que são mistérios,
Antes de serem rituais.

O amor de estar vivo
Precede a palavra poética.
O papel não sente.
Apenas o homem
Eterniza o que pensa.

Como o amor em poemas.
Que são amores,
Antes de serem poemas.

Para completar a leitura: no Proseando


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>> 01/01/2009

À um novo futuro

Com tantos caminhos pra escolher,
Basta buscar o seu.
Com tantas vidas pra viver,
Onde estará o rosto que já não é mais meu?

Outros motivos pra buscar;
Botando a vida pra acontecer;
Fazendo sonhos acordar;
A vida se fazendo viver.

Que um novo futuro aconteça.
Que o impossível se torne realidade.
Que os ventos soprem felicidade.

No proseando...

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